17 de janeiro de 2015
O não saber
E eu nem sei o que posso saber
Se saber-se-ei, eu não sei...
Mas tão quanto o canto do sabiá,
Posso saber em mim mudar
O conceito do que sei do hoje e do dia
de amanhã
Regresso à origem de ser apático e
elevo à sabedoria do tempo
Só é do Mestre, seu dono, o nosso amor
e alento
De nós resta a resignação e serenidade
Para nos dias possíveis,
figure somente a saudade dos bons.Cadernos de Poesia, Zaíra L. Rodrigues, 2014.
29 de Setembro de 2014
As
Sombras
Ninguém
se entrega às sombras sem permanecer na Luz
Porque
nem sempre condicionamos nossos atos à guerra
Em muitos
obstáculos, as luzes quando aparecem são mais fortes.
Nunca se
engane que o mundo é todo símbolo do Mal
Apenas
acredite no Bem, mas nunca desmereça àquele lado para que sempre se lembre das
entregas...
Ame tudo
sem revelar...
Dispense
tudo sem se tocar...
Às vezes
as portas se abrem paras as remessas de Mal
E se
fecham para as entregas do Bem!
Cadernos de Poesia, Zaíra L. Rodrigues, 2014.
06 de agosto de 2014
Não vejo mais
E não
vejo mais tão livre o pensamento das pessoas...
Tão
humanos vossos sentimentos, apenas englobado em coisas inúteis...
E não
sinto a frieza do ser intacto, mas a enojada versão de um desprezo.
Não amo
amores inteiros,
Mas
consoante vossas tenras cores,
Consoante
todos os espelhos que vejo.
Tudo vivo
e muito nisso,
Em
acreditar que um simples improviso
tem sua
riqueza de detalhes...
E Sua
imensa verdade...
Rogo aos
seguidores de Deus compaixão aos aflitos
E
misericórdia aos excluídos...
Aos que
junto consigo não viram as portas,
Não
fizeram nada para abri-las,
À mera
distração dos que se disseram, um dia, sempre atentos.
Cadernos de Poesia, Zaíra L. Rodrigues, 2014.
04 de Julho de 2014
Viver
E não saberei viver.
Ainda que tudo pareça fácil e rápido
E não se enxerga os segredos da vida,
Puro e simples como o caminhar de uma manhã de
sol
Mas tão salutar como a perca de um amor terreno.
Eu custo a pensar
Que a luz, o amor e Terra sejam tão sublimes
aponto de na rapidez de um instante
Surpreenderem aos olhos e contagiarem a alma..
E sei..
Não perdeis tempo, o mundo urge, e a alma se renova
para voltar...
E só o tempo é o que dirá...
Como seu companheiro,
Que loucuras trouxe e que amor um dia virá...
Cadernos de Poesia, Zaíra L. Rodrigues, 2014.
02 de Julho de 2014
No andar das paragens vejo amores e amados,
Cores e adornos, gestos engabelados de paixão enganada...
Não torço pelo fim, mas para que as dores sem fim
Não sejam mais que provações de
vida.
Algo que pensa que sabe é mero senso comum
A ciência é a perfeição do certo e do prudente
A ciência é a perfeição do certo e do prudente
Não devíamos ser a ela exclusivamente obediente?
Não, pois a sensibilidade perdura
no infinito Amor de Deus..
Bem explicado e mal compreendido,
como nas palavras de um ateu
Se um terço de nosso amor fosse dedicado ao Pai
Nossa vida seria de plena leveza e sabedoria...
A missa seria uma cerimonia
diária de nossa casa,
Premissa de nossa devoção e amor....
Cadernos de Poesia, Zaíra L. Rodrigues, 2014.15 de Junho de 2014
Um
sonho
Nem
sempre comunicamos um sonho,
Nem
sempre ele se comunica conosco...
A cada
palavra
A cada
pensamento...
Um mundo
fica pequeno diante de nossas expectativas.
Portanto,
não é a ilusão de um sonho que te faz sorrir,
Mas a verdadeira
mensagem que ele deixa e que te faz correr...
Corre-se
para fechar um ciclo,
E ama-se para que ele seja ainda mais belo.
Ou
duradouro como o luxo e a grandeza de um ser verdadeiramente feliz.
Cadernos de Poesia, Zaíra L. Rodrigues, 2014.
11 de
junho de 2014
O Pássaro
No ninho
vejo abraços e beijos
No ninho sinto
amor e desejo
Na extremidade
do ninho percebo uma liberdade audaz
Ao sair
do ninho o pássaro acha que é feliz
Brinca todo
sorridente, tão fino como uma bela atriz
Tão
intensa sua passagem que não imagina o que virá
Só sente
que estará
A realizar
seus sonhos nunca esquecidos
E seus
amores tangidos.
Tão logo
chega a noite... tão logo bate o sino...
Na canção
de Padre Zezinho faz ressoar um mar de solidão
Um intenso
contorno de dor e paixão
O pássaro
quer retornar, mas não sabe como chegar
Não sabe
se será outro mar de ilusões
Ou se
cairá em intensas emoções
Nunca o
ninho foi tão desejado, nunca o amor foi tão exaltado
Resta
agora ao pássaro encontrar o seu ninho
Que nada
daqui pra frente o faça sozinho
Que pra
sempre brilhe os olhos deste passarinho
Cadernos de Poesia, Zaíra L. Rodrigues, 2014.
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